sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

DIANTE DAS MUDANÇAS DE VIDA - 97

Por mais que procuremos levar a vida numa auspiciosa rotina de paz e tranquilidade, sem grandes alterações, tropeços e transtornos nós estamos sempre, em que pesem as nossas condições pessoais de estabilidade e conforto, sujeitos a novas circunstâncias e adaptações.

Se de um lado há tendência natural conservadora no ser humano, opondo-se a tudo que é novo, de outra parte existem forças interiores que, em todas as oportunidades, impelem as criaturas a não se conformar com o seu estado atual.

Estamos naturalmente tentando progredir em busca da felicidade, sem uma definição precisa do que seja realmente a felicidade, uma vez que a ideia que se tem dela é relativa de cada ser.

O ser humano, dotado de consciência e vontade faz suas opções na busca de um viver feliz. Procura no estudo, no trabalho, no casamento, no enriquecimento financeiro, e até nos desatinos da vida, alcançar o mais alto degrau de felicidade.

Depara, todavia, com o determinismo da Lei: a vida, a morte física, o progresso, a lei de causa e efeito e todas as condições que transcendem o livrearbítrio.

Segue-se daí que estamos sujeitos a mudanças de vida: para melhor ou para pior dependendo, ou não, da nossa vontade.

Há os que procuram a felicidade na fortuna, nos bens materiais acumulados, a qualquer custo. Daí as decepções e os desgostos.

Há os que se preocupam exclusivamente com a saúde física e se esquecem de que a finalidade dela não está na exibição vaidosa do corpo, e sim no bemestar integral.

A busca insistente pelo poder, sem o necessário preparo capaz de garantir o equilíbrio intelectual e moral, proporciona invariavelmente a desilusão e a rejeição.

O que há de difícil é adaptar-se à nova mudança de vida – surge o inconformismo, o desapontamento, a inabilidade de lidar com coisas novas e solucionar problemas inesperados.

A Escola da Vida nos adverte que diante das possíveis mudanças de vida devemos agir com cautela utilizando mais a ponderação que ambição; a simplicidade e a modéstia que a ostentação e a vaidade; a preservação da saúde que os desregramentos abusivos; a posse do necessário que o acúmulo de supérfluos.      

Daí a imensa importância de cultivar um alto ideal de sabedoria e de sentimento e de procurar vivenciá-lo.

Luiz Gonzaga Seraphim Ferreira - 10/02/2012
Consulta: “Tempos de Transição” (Juvanir Borges de Souza)

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