quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O NOSSO LADO OCULTO - 81

 

Geralmente consideramos “oculto” tudo aquilo que não se vê e que está escondido ou fora do nosso alcance visual.

Os dicionários nos dizem mais: secreto, misterioso, inexplorado, desconhecido.

As ciências referem-se a elementos microscópicos, que só podem ser percebidos com o auxílio do microscópio.

A Anatomia e a Fisiologia tratam do lado material e funcional da nossa organização física. A Psicologia trata do lado imaterial do ser humano, que é constituído pelas nossas faculdades intelectuais e emocionais.

O pensamento (ideia, lembrança, conhecimento...) e o sentimento (alegria, tristeza, medo, saudade...) fazem parte do lado oculto da nossa vida pois, embora sendo perceptíveis, não são visíveis.

A Filosofia, valendo-se da lógica e da razão admite a existência da “alma” compondo, com o “corpo físico”, o ser humano.

Corpo e alma conjugam-se e completam-se na nossa existência. Porém cada um tem sua peculiaridade quanto à natureza, função e tratamento. Cada qual tem suas finalidades e suas necessidades; apresentam, por sua vez, problemas e dificuldades diferentes para nos proporcionar as experiências de vida.

Em geral nos preocupamos mais com corpo físico: aparência, vigor, resistência, peso, estatura, regularidade orgânica e funcional.

Na verdade o que interfere mais na nossa saúde, bemestar, ânimo e felicidade é o nosso “lado oculto”: alegria - tristeza - tranquilidade - preocupação - calma - ansiedade - certeza - dúvida - amor - ódio...

Temos mais experiência, e encontramos mais facilidade em lidar com o corpo físico, suas necessidades e problemas: alimentação, exercícios, repouso, medicamentos, regimes, tratamentos especiais e utilização de recursos complementares.

O mesmo não ocorre com relação às necessidades e problemas da alma: desenvolvimento, fortalecimento, criatividade, enriquecimento, liberdade e controle do pensamento; desenvolvimento, educação e pacificação dos sentimentos e emoções; especial atenção para com o sentimento natural de religiosidade.

As dores e sofrimentos da alma: ansiedades, tristezas, temores, angústias, desalentos e depressões só podem ser amenizados com tratamentos próprios, e conjugados com o esforço e a boa vontade. A ocupação, o entretenimento e a oração fervorosa costumam ser prescritos como “remédios” da alma. O primeiro passo para isso é a compreensão do que procuramos expor no presente texto.

Luiz Gonzaga S. Ferreira - 02/01/2011

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