A Natureza nos confere o espaço infinito, mas o homem constrói as impeditivas barreiras: barreiras geopolíticas, sociais, preconceituais, econômicas, preventivas, etc.
Os espaços denotam liberdade, circulação, movimentação, avanços e desenvolvimento; as barreiras sugerem impedimento, restrição, confinamento, imposição, prevenção, etc.
As barreiras podem ser: materiais (paredes, grades, muros, cercas, biombos, trincheiras, etc.); institucionais (leis, decretos, ordens e regulamentos); subjetivas (preconceitos, hábitos, medos, dúvidas...)
Há até barreiras imaginativas. Se não, vejamos: Em uma escola as crianças brincavam no pátio do recreio; notava-se que os meninos e as meninas não se misturavam e cada grupo ocupava fielmente o seu espaço, embora não existisse nenhuma barreira física entre eles. Muito admirados ouvimos dos alunos a explicação de que se tratava de uma “linha imaginária” há tempo estabelecida entre a direção da escola e os alunos.
Na verdade não, podemos desconsiderar a existência de “espaços” e “barreiras” que fazem parte da nossa vida.
Assim como os espaços precisam ser preservados, valorizados e, sabiamente utilizados, as barreiras merecem igualmente, de nossa parte, a mais ponderável atenção.
“Derrubar barreiras” nem sempre é a solução. Reforçá-las, às vezes se faz necessário diante das circunstâncias da vida. Dispomos de outras alternativas bem mais inteligentes e prudentes: suavizá-las; transformá-las em degraus ou rampas amenas; contorná-las...
Para lidar com as barreiras materiais, recorremos aos recursos de engenho e arte; com as institucionais buscamos soluções políticas e sociais; com as subjetivas, porém, só mesmo a Educação pode ser a solução.
Luiz Gonzaga S. Ferreira - 07/11/2010
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