A gratidão é uma das nossas maiores virtudes, não apenas pelo seu significado de reconhecimento e consideração, o que já denota uma boa formação educacional, mas principalmente pelo seu alcance em termos de inter-relacionamento e solidariedade.
A sua expressiva e sincera manifestação por palavras gestos e atitudes significa, para o digno merecedor, eflúvios de satisfação pessoal e sentimentos estimuladores. É fermento que faz crescero o bolo da solidariedade; é incentivo para que se multipliquem os bons serviços e favores prestados.
A gratidão oculta permanece no âmbito do sentimento de quem se sente grato não repercutindo diretamente no seu merecedor. Geralmente decorre do comodismo, da negligência ou da falta de consideração.
É bem verdade que o praticante do bem não deve esperar por recompensas e manifestações, uma vez que a boa intenção e a bondade espontâneas já trazem consigo o conforto íntimo do bem praticado. O que é tão compensador!
É verdade, também, que a gratidão demonstrada confere de modo recíproco o conforto moral e o bem estar aos que a praticam e aos que a merecem. Daí a necessidade de proclamar a importância e o alcance da gratidão evidenciada e, bem assim, de incluir o assunto dentre os conteúdos programáticos educacionais.
Há no mundo muitas pessoas reconhecidas, mas são poucas as que cultivam e sabem demonstrar a gratidão.
A demonstração exagerada e bajuladora da gratidão, por sua vez, pode provocar a vaidade e ainda a presunção.
A ingratidão se expressa pelo descaso e pela falta da manifestação, constituindo, por isso uma, uma imperfeição a ser considerada.
Para cultivar os sentimentos, as atitudes e os gestos nobres de gratidão, é preciso afastar de nós a indiferença, os preconceitos, o orgulho e o comodismo.
Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 19/03/2011
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