segunda-feira, 4 de abril de 2011

O BOM ÂNIMO - 55

Não é de se estranhar que o bom ânimo nos falte em momentos mais difíceis da vida.

A vida é uma estrada pedregosa e desafiadora, não obstante entremeada de encantos e compensações.

O bom ânimo é um estado de espírito caracterizado pelo equilíbrio emocional, pela lucidez intelectual, e pela disposição para o trabalho e a vida.

Consiste, portanto, em um prodigioso tonificante para a nossa vida e para o nosso bemestar.

Em se tratando de um bem espiritual o bom ânimo não se adquire em farmácias e drogarias; resulta de nosso próprio conhecimento, esforço e abnegação. Precisa ser implantado e cultivado em nossa alma.

Humberto de Campos, notável escritor, sabia interpretar o que se passa no mais oculto da alma humana.

Através de crônicas psicografadas por Francisco Cândido Xavier escreveu a “Boa Nova” no qual aborda o tema aqui tratado.

A respeito de Bartolomeu, um dos mais dedicados discípulos do Cristo, diz: “Bartolomeu era triste e, vezes inúmeras, o Senhor o surpreendia em meditações profundas e dolorosas. Interrogado, o discípulo exclamou timidamente: ‘Por toda parte, é a vitória do crime, o jogo das ambições, a colheita dos desenganos! ’ E, posteriormente, referiu-se ainda à perda de entes queridos.”

“O Mestre, que já ensinara a seus discípulos que o seu reino não era deste mundo, acrescenta: ‘A vida terrestre é uma estrada pedregosa, que conduz aos braços de Deus. O trabalho é a marcha. A luta comum é a caminhada de cada dia. Os instantes deliciosos da manhã e as horas noturnas de serenidade são os pontos de repouso; mas, ouve-me bem: Na atividade ou no descanso físico, a oportunidade de uma hora, de uma leve ação, de uma palavra humilde, é o convite de Nosso Pai para semearmos as suas bênçãos sacrossantas.’ ”

“Bartolomeu redarguiu: ‘Mestre, os vossos esclarecimentos dissipam os meus pesares; mas o Evangelho exige de nós a fortaleza permanente? ’ Ao que o Mestre respondeu: ‘A verdade não exige, transforma. O Evangelho não poderia reclamar estados especiais de seus discípulos; porém, é preciso considerar que a alegria, a coragem e a esperança devem ser traços constantes de suas atividades em cada dia. Por que nos firmamos no pesadelo de uma hora, se conhecemos a realidade gloriosa da eternidade com o Nosso Pai? ’ ”

“Em outra ocasião em que Jesus pregava à margem de um lago notou ali a presença de Bartolomeu que lhe enviou um olhar de amor e reconhecimento limpando uma lágrima. Era a primeira vez que chorava de alegria. Bartolomeu havia convertido todos os desalentos num cântico de alegria, ao sopro regenerador dos ensinamentos do Cristo.”

Somente o “bom ânimo” pode amenizar as dores da alma!

Luiz Gonzaga S.Ferreira - 14/11/201

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