Campanhas, anúncios, faixas e publicações recomendam: - “Não dê esmolas.”
É bem verdade que, apesar das propaladas medidas e programas governamentais e sociais de combate à fome e à desigualdade social, o número de pedintes continua crescendo de forma desordenada, comprometendo a ordem social e preocupando a administração pública.
Sabemos também das inconvenientes consequências morais que a esmola fácil acarreta a seus beneficiados: maus hábitos, falsidades e comodismos.
O hábito de esmolar deprime quem pede, e desobriga quem dá. É mais fácil contentar o pedinte com alguns trocados, ou um pedaço de pão, que tentar resolver o problema de suas necessidades.
A esmola recebe diversos nomes dados pelos habituais pedintes: - um trocadinho, uma ajuda, um favorzinho, uma mãozinha, um apoio... O mesmo acontece com a diversidade de justificativas que são apresentadas: - comprar um pãozinho, um remédio, um botijão de gás; pagar a conta da água... Etc. etc. etc.
Diante da situação ficamos indecisos e descontentes: dando a esmola nos sentimos culpados pelas possíveis consequências negativas; negando a esmola ficamos arrependidos pela falta de caridade.
Algumas sugestões:
*Ter em conta que a virtude da caridade vai muito além do hábito de dar esmolas - dar atenção, orientar, encaminhar, resolver pequenos problemas, suprir carências imediatas, educar...
*Evitar que a doação indiscriminada de esmolas, para os mesmos pedintes, propicie o vício de esmolar...
*Procurar conhecer as instituições locais e próximas de assistência social; procurar identificar e conhecer os verdadeiros carentes e as suas reais carências; procurar tratar a todos com igual solicitude, mesmo no caso de ser negada a esmola por justa causa.
*Prevenir-se dos inconvenientes e riscos de atendimento fora dos horários adequados e em situação desaconselhável.
Luiz Gonzaga S. Ferreira - 11/07/2010
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