Será que não estamos sendo injustos e ingratos com o “tempo”?
Vivemos o “tempo presente” sem nos empolgar com esse precioso “presente” que nos está sendo ofertado.
Dispomos de inestimáveis recursos para ver, sentir, admirar, e zelar pelas coisas da Natureza... E não o fazemos!
Não valorizamos condignamente os prazeres e as oportunidades da vida presente. Mas sabemos muito bem nos queixar do trabalho, das adversidades e das dificuldades que ela nos impõe, sem dar conta de que tais experiências de vida é que nos impulsionam para o progresso intelectual, moral e social.
Costumamos desfrutar dos gozos inadvertidamente, sem limites e regras. E acusamos de “má sorte”, as consequências dos nossos abusos.
Desprezamos ou descuidamos facilmente das boas lições que já aprendemos, e deixamos para o “amanhã” o que podemos fazer hoje.
Recordamos do “tempo passado” com ressentimentos e pesares, movidos emocionalmente pela saudade, pelas frustrações e desenganos. Nem sempre, porém, nos lembramos de tudo de bom que usufruímos em tempos idos e que fora integrado ao nosso patrimônio pessoal... E dizemos, com certa irreverência, que “águas passadas não movem moinhos”.
Se alimentamos algumas boas esperanças para o “futuro”, por outro lado, receamos do que nos possa adivir. E isso nos aflige. As dúvidas e incertezas, na maioria das vezes, decorrem de: pensamentos e ideias pessimistas, crenças infundadas, falta de uma previdente e conscienciosa maneira de viver o “presente”.
A fim de que nos harmonizemos com o “tempo” e suas variáveis, é preciso que tenhamos em conta algumas ponderadas afirmativas, tais como:
1ª- O “presente” é uma consequência do “passado” e, ao mesmo tempo, uma nova oportunidade de vida; constitui mais um passo na direção de um “futuro” infinito de aperfeiçoamento humano individual. Essa oportunidade repete-se a cada instante. Devemos dela nos valer da melhor maneira possível.
2ª- O “passado” não volta mais, mas pode ser aproveitado e revisto nos tempos que se seguem. As boas lembranças devem prevalecer sobre as que nos desagradam e nos magoam.
3ª- O “futuro” constitui a nossa perene oportunidade de buscar a felicidade plena e, por isso, devemos estar sempre preparados para vivenciá-lo com júbilo e esperança.
Com conhecimento, discernimento, bom ânimo, confiança, esforço e perseverança podemos acertar no “alvo do tempo”.
Luiz Gonzaga Seraphim Ferreira – 16/05/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário