Intimamente todos nós almejamos um programa de vida social que nos assegure a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.
A Humanidade já fora despertada para essa realização.
Vários fatores, porém, constituem sérios obstáculos à concretização desse ideal que viria nos proporcionar um mundo melhor.
A fraternidade resume todos os deveres dos homens, uns para com os outros: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; a caridade no seu amplo sentido; a aplicação da seguinte máxima evangélica: “Proceder para com os outros, como quereríamos que os outros procedessem para conosco.” É o oposto do egoísmo. Se a fraternidade diz: “Um por todos e todos por um.” O egoísmo diz: “Cada um por si.”
A igualdade, por sua vez, sem a fraternidade não tem como existir. Para tratar alguém de igual para igual é preciso considerá-lo como um irmão, e isso exige o sentimento de fraternidade, com isenção do egoísmo, do orgulho e de qualquer animosidade.
A liberdade resulta do cumprimento dos bons propósitos de igualdade e de fraternidade. Trata-se aqui da liberdade legal que exclui toda forma de opressão, de subjugação de submissão de constrangimento, e que só poderia advir da fraternidade e da igualdade.
Não se trata, portanto, da liberdade natural de pensar, de sentir, e de agir, que nos é dada pelo livrearbítrio.
Nota-se facilmente que os três princípios são solidários, entre si, e que sem a integração deles o edifício social jamais será como almejamos. Daí a importância do nosso empenho conjunto em minimizar os obstáculos e desenvolver as condições favoráveis.
- Texto elaborado por Luiz Gonzaga S.Ferreira 26/09/2010
- Consulta: “Obras Póstumas” (Allan Kardec)
Nenhum comentário:
Postar um comentário