A humildade ou modéstia é uma virtude isenta de orgulho, vaidade e presunção, pela qual reconhecemos as nossas limitações e nos colocamos em posição favorável de obter os recursos que possam suprir nossas carências materiais, intelectuais, sociais, culturais, profissionais e emocionais.
A subserviência muito embora se confunda, às vezes, com a humildade ou modéstia, consiste no servilismo, na bajulação, na submissão desproporcional e interesseira. É a falsa modéstia. Deixa de ser uma virtude para ser uma acomodação ou vício.
A pessoa modesta não se sente humilhada, não se rebaixa, não se degrada; é respeitosa, atenciosa, compreensível e, naturalmente prestativa.
Com essa característica peculiar supera suas reais deficiências e limitações, mostra-se simpática e accessível a todas as formas de ajuda, aprende com mais facilidade e integra-se mais rapidamente ao ambiente social e profissional.
A humildade não nos impede de reivindicar nossos direitos e nem de expor nossos predicados e capacidades desde que se faça com parcimônia e sem exaltação e vaidade.
A falsa modéstia pode advir da insegurança, da falta de autoestima, da carência de elogios para se afirmar e, até mesmo, da presunção. Pode ainda tratar-se de um ardil para usufruir da comiseração alheia.
Daí a importância, especialmente para quem lida com a educação, com a assistência social e com a cooptação de recursos humanos, em conhecer e fazer o discernimento entre essas duas formas pelas quais pode se manifestar a “humildade”.
Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 21/01/10
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