terça-feira, 10 de agosto de 2010

AS PENAS E OS GOZOS FUTUROS - 35

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No dizer de algumas pessoas, após a morte do corpo nada mais existe. O homem, porém, instintivamente, repele a ideia do “nada”, pois o “nada” não existe.

É que, antes da encarnação, o Espírito conhece a realidade da vida no plano espiritual, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual.

É muito natural, portanto, que nos preocupemos com a vida futura e o que ela poderá constituir para nós.

A Doutrina Espírita nos oferece, nesse particular, inúmeras assertivas que são confirmadas pelas comunicações mediúnicas.

Assim, podemos compreender algumas considerações importantes:

- A individualidade de cada um é conservada após a morte. “Que nos importaria sobreviver ao corpo se a nossa essência moral tivesse de perder-se no oceano do infinito?”;

- no momento da morte cada qual experimenta um sentimento dominante: para os céticos endurecidos, é o sentimento da dúvida; para os culpados é o medo; para os homens de bem é a esperança;

- as penas e os gozos da alma após a morte nada têm de material, são consequências naturais e sentimentais de arrependimento, de remorso, de esperança e de sensibilidade emocional. A intervenção de Deus consiste unicamente nas consequências do descumprimento das suas Leis Naturais, caracterizadas pela justiça e pela oportunidade de recuperação, objetivando sempre o aprimoramento espiritual;

- a felicidade dos bons Espíritos consiste em: conhecer todas as coisas; não ter ódio, nem ciume, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que fazem a infelicidade dos homens. Com isso eles unem-se pelo amor verdadeiro e sentem-se felizes por fazerem o bem. De resto, a felicidade é sempre proporcional à sua elevação;

- os sofrimentos dos Espíritos inferiores são tão variados quanto às causas que os produzem, e proporcionais ao grau de inferioridade. Podem assim ser resumidos: cobiçar tudo que lhes falta para serem felizes, mas não poderem obtê-lo; ver a felicidade e não poder atingi-la; sentir mágoa, ciúme, raiva, desespero, decorrentes de tudo que ainda não souberam superar;

- o Espírito que chegou a certo grau de pureza goza a felicidade. Um sentimento de doce satisfação o envolve; sente-se feliz com tudo o que vê e o rodeia; o véu se levanta para ele ao descobrir os mistérios e as maravilhas da Criação, e as perfeições divinas se mostram em todo seu esplendor.

· Texto organizado por Luiz Gonzaga S. Ferreira - 05/02/2010

· Consultas: “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec)

· “Obras Póstumas”, “O Céu e o Inferno” (Allan Kardec)

· “Depois da Morte” (Léon Denis)

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