O arrependimento consiste no ato pelo qual o Espírito reconsidera os seus erros, a sua insensatez, a sua displicência, as suas inconsequências, com o propósito de não mais cometê-los.
A expiação é o ato ou o efeito de resgatar compromissos espirituais.
A prova é o testemunho de que, em outro momento, o Espírito não reincide no mesmo erro.
Geralmente o arrependimento ocorre na vida espiritual e traz como consequência o desejo, por parte do Espírito, de nova encarnação para se purificar.
O Espírito compreende as imperfeições que o impedem de ser feliz e almeja uma nova existência para que possa expiar as suas faltas.
Quando o arrependimento ocorre já na vida presente o Espírito pode adiantar sua evolução e, se houver tempo, expiar suas faltas.
O arrependimento sincero, durante a vida, muito contribui para a melhoria do Espírito, mas isso não o isenta da expiação.
A expiação ocorre no estado corpóreo, através das provas e dos sacrifícios a que o Espírito é submetido por consequência de seus próprios atos não resgatados, tanto os da vida presente como os das vidas passadas.
“Não se deve esquecer que após a morte do corpo o Espírito não é subitamente transformado. Se sua vida foi repreensível é que ele era imperfeito. Ora, a morte não o torna imediatamente perfeito. Ele pode persistir nos seus erros, nas suas falsas opiniões, em seus preconceitos até que seja esclarecido pelo estudo, pela reflexão e pelo sofrimento.” (Comentário em “O Livro dos Espíritos)
Embora seja possível, já nesta vida, reparar nossas faltas e erros, devemos ter sempre em conta que o mal não é reparado senão pela prática do bem, e a reparação não tem nenhum mérito se não atingir o nosso orgulho ou nossos interesses materiais. Não são algumas privações pueris ou falsas justificativas e juramentos que irão nos isentar das culpas. A verdadeira reforma intima é imprescindível para a purificação espiritual.
- Texto organizado por Luiz Gonzaga S. Ferreira
- Araraquara, 29/06/2010
- Consulta: “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec)
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