É certo e sabido que somos, em geral, exímios observadores das imperfeições alheias e críticos contumazes dos descuidos e defeitos dos outros.
Quanto à nossa própria pessoa, no entanto, temos certa dificuldade, ou má vontade, em ver, reconhecer, e ajuizar as mais evidentes e as mais inconvenientes características negativas da personalidade, sejam elas de ordem material, moral ou social.
Sócrates já pregava que nós devemos nos ocupar menos com as coisas (riqueza, fama, poder) e passarmos a nos ocupar com nós mesmos, com os cuidados que precisamos ter com a nossa própria pessoa: a maneira de pensar de sentir, de se expressar e de se relacionar; nossos costumes, hábitos e atitudes...
Atualmente estamos voltados mais para a aquisição e o acúmulo de conhecimentos diversos do que para o conhecimento da nossa própria pessoa.
É claro que a tecnologia traz inegáveis benefícios, mas não parece que as pessoas, atualmente, estejam mais felizes.
Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Todavia, se interrogássemos com frequência a nossa consciência veríamos quantas vezes falimos sem disso nos apercebermos.
O conhecimento de si mesmo é, inegavelmente, a maneira ideal para o melhoramento do indivíduo e, consequentemente, para o seu bom desempenho pessoal, profissional e social.
Há pessoas bem sucedidas que têm por hábito interrogar no fim de cada dia a sua consciência, passando em revista o que fizera e como procedera em cada situação.
O propósito e o método são excelentes, mas é necessário que: as perguntas sejam claras e objetivas, e exijam respostas destituídas de subterfúgios; as respostas sejam analisadas com sabedoria, humildade e firme propósito de reforma e aprimoramento pessoal.
Como referencial, para avaliar nossa conduta, podemos considerar as leis morais, a ética e os bons costumes.
- Texto elaborado por Luiz Gonzaga S. Ferreira
- Araraquara, 04/10/09
- Consultas: Livros básicos da Doutrina Espírita.
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