sábado, 17 de abril de 2010

CONHECE-TE A TI MESMO - 26

Socrates

É certo e sabido que somos, em geral, exímios observadores das imperfeições alheias e críticos contumazes dos descuidos e defeitos dos outros.

Quanto à nossa própria pessoa, no entanto, temos certa dificuldade, ou má vontade, em ver, reconhecer, e ajuizar as mais evidentes e inconvenientes características negativas da personalidade, sejam elas de ordem material, moral ou social.

Sócrates já pregava que nós devemos nos ocupar menos com as coisas (riqueza, fama, poder) e passarmos a nos ocupar com nós mesmos, com os cuidados que precisamos ter com a nossa própria pessoa: a maneira de pensar e de sentir, de se expressar e de se relacionar; nossos costumes, hábitos e atitudes...

Atualmente, estamos voltados mais para a aquisição e o acúmulo de conhecimentos diversos do que para o conhecimento da nossa própria pessoa.

É claro que a tecnologia traz inegáveis benefícios, mas não parece que as pessoas, atualmente, estejam mais felizes.

Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Todavia, se interrogássemos com frequência a nossa consciência veríamos quantas vezes falimos sem disso nos apercebermos.

O conhecimento de si mesmo é, inegavelmente, a maneira ideal para o melhoramento individual e, consequentemente, para o bom desempenho pessoal, profissional e social.

Há pessoas bem sucedidas que têm por hábito interrogar, no fim de cada dia, a sua consciência, passando em revista o que fizera e como procedera em cada situação.

O propósito e o método são excelentes, mas é necessário que: as perguntas sejam claras e objetivas, e exijam respostas destituídas de subterfúgios; as respostas sejam analisadas com sabedoria, humildade e firme propósito de reforma e aprimoramento pessoal.

Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 04/10/09

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