Todos os seres vivos, independente do seu grau de evolução, possuem o instinto de conservação: nuns é puramente mecânico e noutros é racional.
Deus concedeu a todos o instinto de conservação, para que pudessem colaborar nos desígnios da Providência.
Se o homem não encontra os meios que lhes foram dados por Deus para a sua conservação é por falta de compreensão e boa vontade.
O solo é a fonte primeira de que decorrem todos os outros recursos da nossa subsistência.
O homem tem o direito do uso dos bens da terra, pela sua necessidade de viver, de conformidade com as leis naturais.
Se a terra nem sempre produz o necessário ao homem é porque ele negligencia com relação aos seus deveres. É devido à sua imprevidência e desperdício do que lhe é supérfluo.
Muitas vezes os meios de subsistência, apesar da abundância, faltam a certos indivíduos. Isso ocorre devido ao egoísmo dos homens e também por falta de perseverança dos que os procuram.
Há situações em que a falta dos meios de subsistência independe do homem, mas sim, das circunstâncias. Isso constitui uma prova frequentemente cruel que o homem deve sofrer; o seu mérito está na submissão à vontade de Deus.
Essa submissão não significa indolência, indiferença e, muito menos, o desvio de personalidade, mas sim, a compreensão e a busca racional de soluções justas e pacíficas.
Deus fez atrativos para os gozos dos bens materiais (os apetites, os desejos, as curiosidades...) para instigar o homem ao cumprimento da sua missão quanto à conservação da vida e, também, para prová-lo na tentação. O objetivo da tentação é o de desenvolver a razão, que deve preservar o homem dos excessos.
O homem que procura nos excessos de toda espécie uma satisfação plena dos seus prazeres coloca-se abaixo dos animais, porque os animais sabem limitar-se à satisfação de suas necessidades. As consequências do abuso: doenças, decadência, a morte mesmo, são também a punição pela transgressão da lei de Deus.
Texto organizado por Luiz Gonzaga S.Ferreira
Araraquara, 13 de janeiro de 2009
Consultas: “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec)
“A Constituição Divina” (Richard Simonetti)
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