EXPERIÊNCIAS E PRAZERES DA VIDA
É certo e evidente que as nossas experiências de vida nos impõem, com frequência, as mais variadas formas de exigências, problemas, dificuldades, preocupações e sofrimentos. Graças a tudo isso é que desenvolvemos as nossas potencialidades e evoluímos intelectual e moralmente.
Atualmente todos nós nos sentimos ameaçados. Não se pode negar a violência urbana, os assaltos, os assassinatos, a turbulência do trânsito, a assustadora progressão do custo de vida, as limitações do salário, etc.
Podemos até imaginar como seria desoladora e precária a vida se ela não nos proporcionasse os recursos necessários para lidar com tais problemas e amenizar o estresse a que estamos submetidos.
Somos, como todos os seres vivos, dotados de instinto de conservação. É a própria Natureza agindo sabiamente em favor da nossa sobrevivência.
Nos irracionais o instinto de conservação funciona sem problemas e equilibradamente obedecendo a controles automáticos.
No ser humano o mecanismo é mais complexo uma vez que, para exercitar a inteligência, somos levados a participar desse controle.
Além do instinto de conservação, dispomos de recursos racionais, e de vontade própria, para assumirmos o nosso controle de proteção.
Para compensar os transtornos desgastantes e desestimuladores da vida, ao instinto de conservação, são associados dois prazeres básicos: do sexo, que estimula a procriação e da alimentação, que garante a reposição das energias vitais,
Entre os irracionais esses gozos são disciplinados instintivamente. Eles só experimentam o sexo no cio, e se alimentam observando estritamente suas necessidades.
Com o os seres humanos é diferente. Por serem dotados de razão e livrearbítrio ultrapassam os limites do instinto podendo, assim, experimentar os prazeres do sexo e da alimentação como queiram. Daí os excessos que podem comprometer a sua natureza.
A gula cobra pesado tributo, impondo fartas gorduras e gerando os distúrbios orgânicos que dificultam e abreviam a jornada humana.
Os desvirtuamentos do sexo podem causar sérios problemas de ordem física, moral e social que, assim como os vícios do álcool, do fumo e outras drogas, causam a degradação de quem os pratica, e o sofrimento de terceiros.
Reconhecemos, portanto, a importância do conhecimento e da disciplina quanto à prática sexual e alimentar, o que pode ser objeto de uma educação básica.
Na realidade, são inúmeros os pequenos prazeres que podem nos levar ao bem estar e à alegria de viver, como por exemplo: apreciação das belezas da natureza; satisfação de uma tarefa concluída; reconhecimento e gratidão por uma atenção ou favor recebido; um abraço amigo; uma palavra de estímulo; o convívio familiar; um carinho afetuoso; um passeio agradável; uma leitura interessante; audição de músicas e apreciação de artes, etc... etc...
Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 27/06/09
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