POTENCIAS DA ALMA - O LIVREARBÍTRIO
“A liberdade é a condição necessária da alma humana que, sem ela, não poderia construir seu destino” (1).
O livrearbítrio é uma das potências da alma com a qual o Espírito foi criado, e que se expande e se efetiva pela evolução espiritual.
A responsabilidade, que faz a dignidade e a moralidade do homem, é proporcional ao desenvolvimento do seu livrearbítrio; portanto, a noção de moralidade é inseparável da noção de liberdade: liberdade para a opção desse ou daquele caminho, dessa ou daquela ação e atitude, desse ou daquele pensamento e sentimento.
De início, podemos até pensar que a nossa liberdade é muito limitada devido às fatalidades a que estamos sujeitos, tais como: condições físicas, condições sociais, interesses, instintos, ambientes e circunstâncias.
Todavia, refletindo melhor, e tendo em conta as potencialidades da alma, como a consciência e a vontade (2), vamos descobrindo que o nosso livrearbítrio nos concede uma liberdade suficiente para permitir que a alma quebre este círculo e escape às forças opressoras.
É a consciência que estabelece a responsabilidade, aprova ou censura as nossas livres opções segundo a natureza de nossos atos. A sensação de arrependimento e remorso ou de satisfação é uma prova contundente desse julgamento.
Para sermos realmente livres precisamos exercer a nossa vontade e nos esforçar para isso. É assim que nos libertaremos da escravidão da ignorância e das paixões inferiores, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo império da razão.
O Espírito só está verdadeiramente preparado para a liberdade quando assimilar as leis universais e delas se conscientizar, pela sua própria evolução. Isso só se pode alcançar pelo desenvolvimento e a educação das faculdades humanas.
Texto elaborado por Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 13/06/09(1) Do livro “O problema do Ser, do Destino e da Dor” (Léon Denis)(2) Faculdades da alma.
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