O Espiritismo não é por si mesmo uma ou mais uma religião. A Religião não pode ser uma particular manifestação a serviço dos cultos e dos dogmas de determinada instituição. É um apelo à razão e ao sentimento e conduz o Espírito a destinos ignorados, mas imortais.
A verdadeira Religião desperta altas aspirações tornando-se um liame entre as almas e Deus.
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia ele compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.” (Allan Kardec)
Segundo “Dicionário Enciclopédico Ilustrado - Espiritismo, Metapsíquica,
Parapsicologia”, de João Teixeira de Paula, o Espiritismo é “Doutrina filosófica, moral e científica, com consequências religiosas, que tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do Mundo Invisível”.
O conhecimento da Doutrina Espírita revela-nos, gradativamente, as verdades universais que antes estavam obscurecidas pelo incipiente desenvolvimento intelectual dos homens, enquanto esclarece a moral cristã à luz dos novos conhecimentos, apresentando-nos o “evangelho redivivo” de Jesus.
As revelações espíritas, bem como as reflexões evangélicas alicerçadas na lógica e na razão, coerentes e cientificamente comprováveis, vêm satisfazer a nossa busca por um sentido de vida.
As consequências religiosas dependem, porém, de cada um de nós.
Temos em conta que a religiosidade é uma faculdade inata do ser humano e, como tal, precisa ser desenvolvida e cultivada para a sua própria felicidade, independente de crença, de conceitos, de fórmulas e procedimentos exteriores.
O cultivo da religiosidade exige, porém, de nós, o sentimento de amor – “Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito; é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante àquele: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.” (Mateus, XII, 34 a 40)
Texto organizado por Luiz Gonzaga Seraphim Ferreira – Araraquara, 24/12/2008
Fonte de consulta: “Iniciação Espírita”, “O Principiante Espírita” (Allan Kardec)
“Religião dos Espíritos” (Emmanuel / Francisco Cândido Xavier)
“Dicionário” de Espiritismo” (João Teixeira de Paula)
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