A DIPLOMACIA E A VASSOURA
Diplomacia: “... delicadeza, finura, astúcia ou habilidade com que se trata qualquer negócio.” (Dicionário Aurélio)
Ocupando o cargo de supervisor de ensino na Delegacia de Ensino de Araraquara, visitava com frequência as escolas que pertenciam à área de minha responsabilidade e, quando não o fazia, procurava conversar com os diretores das referidas escolas para saber da regularidade do funcionamento das mesmas.
Certa vez, conversando com um desses diretores, por sinal muito zeloso, bom colega e amigo, sempre bem humorado, mostrando-se entusiasmado e atencioso, contou-me que havia, recentemente, tomado uma providência administrativa de suma importância.
Muito curioso quis saber os detalhes da referida providência, ao que o Prof. Esterlino prontamente atendeu dizendo que determinara formalmente que, a partir daquela data, as vassouras deveriam ser guardadas “de cabeça para cima”.
Percebendo, naturalmente, o meu espanto e, diante da indagação sobre o motivo de tal medida, respondeu-me sorrindo que se tratava de uma medida de economia, pois assim as vassouras seriam mais conservadas.
Sem mais delongas, embora estranhando a propalada importância de tal providência, aceitei a ideia como válida e até me habituei a colocar, em casa, as vassouras, com as cerdas para cima.
Só recentemente descobri que há uma versão popular, segundo a qual, a “simpatia” de colocar vassoura em tal posição espanta as visitas... !!!
Acabei reconhecendo que o meu colega valera-se da “diplomacia” para, disfarçadamente, recriminar as minhas repetidas visitas à sua Escola. Seria isso mesmo?
Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 25/07/09
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