sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O PROBLEMA DA DOR

O PROBLEMA DA DOR - 05

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Aprendemos que o “amor” é a lei do Universo, e foi por amor que Deus criou todos os seres. Entretanto, tudo o que vive neste mundo sofre.

Essa contradição, aparentemente horrível, consti-tui um sério problema que perturbou muitos pensa-dores e os levou à dúvida e ao pessimismo.

A “dor” segue todos os nossos passos; espreita-nos em todas as curvas do caminho. E o homem faz a eterna pergunta: Por que existe a dor?

Dizem alguns que a dor é uma punição, uma expiação, a reparação do passado, o resgate das faltas cometidas.

A filosofia espírita considera, fundamentalmente, a dor como uma lei natural de equilíbrio e educação – sabe-se que a dor física é, em geral, um aviso da Natureza que procura nos preservar dos excessos. Sem ela abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de destruí-los antes do tempo.

A dor física produz sensações; a dor moral produz sentimentos. Sensação e sentimento são, em princípio, inseparáveis e necessários à educação do ser que, em sua evolução, deve experimentar todas as formas, tanto do prazer como da dor.

O prazer e a dor decorrem muito mais de nós mesmos do que das coisas externas; cabe, pois, a cada um de nós, regulando suas sensações, disciplinando seus sentimentos, dominar umas e outras e, assim, limitar os seus efeitos.

Diante da indagação que comumente se faz: Para que serve a dor? Léon Denis nos oferece a seguinte comparação: “Para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro. Serve para edificar e ornar o templo magnífico, cheio de raios, de vibrações, de hinos, de perfumes, onde se combinam todas as artes para exprimirem o divino, prepararem a apoteose do pensamento consciente, celebrarem a libertação do Espírito!”

Há, portanto, por trás da dor, alguém invisível que lhe dirige a ação e a regula segundo as necessidades de cada um a fim de aumentar nossa beleza interior, até que alcancemos níveis de perfeição condizentes com a felicidade maior. Aí está a coerência entre a “dor” e o “amor”, do Pai por suas criaturas.

Contudo, é importante ressaltar que o Espiritismo não faz apologia da dor e do sofrimento, mas sim, nos oferece muitos recursos a fim de que possamos compreendê-los, suavizar os seus efeitos imediatos, e reduzir as suas causas.

TEXTO ORGANIZADO POR LUIZ GONZAGA S. FERREIRA – ARARAQUARA, 12 DE AGOSTO DE 2008 FONTE DE CONSULTA: “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” (ALLAN KARDEC) - “O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR” (LÉON DENIS)

Um comentário:

  1. Ótimo texto amigo. Muito bom para aqueles que vivem se perguntando "Se deus existe, porque não para o sofrimento das pessoas?"

    Parabéns pela postagem.

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