No Remanso da Nossa Vida
Uma pequena estação de trem, da extinta Companhia Paulista de Estradas de Ferro localizada entre as cidades de Cordeirópolis e Araras, no Estado de São Paulo.
Na foto meu tio Odair, sempre presente na minha história, com o primo José Osório e minha irmã, Arlete. Devo ser o fotógrafo improvisado...
“Remanso” denomina, com bastante propriedade, aquele lugarejo bucólico e extraordinariamente tranqüilo que foi o palco de minha infância e pré-adolescência – dos 9 aos 14 anos.
O conjunto arquitetônico do simpático “Remanso” constava de: estação e casa do “chefe da estação” (meu pai); uma casa do auxiliar do chefe, onde moraram as famílias do compadre Libânio, do Ary, do Bié e do Orlando; duas casas onde residiram os ferroviários, Salvador, Benedito e João Belatto; pequeno prédio no qual funcionava a “Escola Rural da Estação de Remanso”. Um pouco distante ficava a casa do “feitor” da turma de conservação da linha férrea.
Fazendas populosas estendiam-se ao redor, cujos moradores proporcionavam a nossa típica vida social.
Apesar da simplicidade de tudo e de todos, os cinco anos que lá passei foram dos mais felizes de minha vida. Daí os terem carinhosamente considerados “O Remanso da Minha Vida”.
Pretendo, aos poucos, registrar aqui alguns fatos cuja lembrança, hoje, tangem as cordas do meu sentimento e levam-me a refletir sobre ideais, gestos e atitudes, de algumas pessoas que conviveram comigo e que, até então, me passaram despercebidos.
Luiz Gonzaga S. Ferreira - 28/03/09
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