Consideramos a “aflição” como um grande sofrimento, dor profunda, tormento, pena moral, ânsia, mágoa, angústia, desespero...
Entretanto, encontramos em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o capítulo V intitulado “Bem-aventurados os aflitos”.
De São Mateus, capítulo V, versículos 4, 6, e 10, nós lemos no Evangelho de Jesus: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados; Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles”.
Bem sabemos que as consolações e compensações que Jesus promete aos aflitos só podem ocorrer na vida futura.
Sabemos também que, desde que se admita Deus, não se pode concebê-lo sem perfeições infinitas; ele deve ser todo poder, todo justiça, todo bondade.
A Doutrina Espírita nos explica que as aflições, assim como todas as vicissitudes da vida têm suas razões justas e providenciais.
Para nossa compreensão e aceitação precisamos considerar suas causas e suas compensações.
Refletindo sobre os males da vida reconheceremos que todos eles são consequência da nossa própria inferioridade e que, para serem evitados, precisamos avançar em nosso aprimoramento físico, mental e emocional. Para tanto necessário se faz que exercitemos na vida física o conhecimento, a vontade, a perseverança e o bom ânimo.
Entretanto, se há sofrimentos cujas causas reconhecemos com um pouco de esforço e humildade (abusos, omissões, atitudes, vícios...) há outros que escapam à nossa percepção (perda de entes queridos, acidentes e ocorrências que consideramos como fatalidade...)
Ocorre que as causas das aflições podem ser de duas espécies: causas atuais (acontecidas na vida presente) e causas anteriores (acontecidas em vidas passadas e ainda não resolvidas).
Pelas palavras de Jesus: “Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados...” devemos entender que a compreensão e a resignação de quem sofre já é o indício da cura e da salvação.
A consolação vem naturalmente do próprio Espírito esclarecido e iluminado pela luz da religiosidade e as bênçãos de Deus.
Luiz Gonzaga Seraphim Ferreira - 24/02/2012
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