domingo, 12 de junho de 2011

VIVER, CONVIVER E SOBREVIVER – 68

Para os nossos comentários, consideremos o “viver” como: “passar a vida”, “comportar-se na vida”, “aproveitar a vida”, “aprender com a vida”.

Aqui referimo-nos à “vida” como o tempo de nossa existência física e biológica - do nascimento à morte. 

O “conviver” expressa uma condição social de relacionamento: familiar, escolar, profissional, grupal.

“Sobreviver” denota “continuar a viver depois de: resistir, enfrentar, atravessar, escapar”.

A cada dia deparamos e experimentamos os três citados aspectos da “vida”; e é de todo conveniente que estejamos preparados para bem conhecê-los, compreendê-los e, conscientemente, contribuir para que ocorram harmoniosamente sintonizados.

O “viver” implica em uma série complexa de provimentos, de ações de comportamentos e de recursos. É uma luta entre o corpo e a mente; o nosso lado bom e o nosso lado mau; a fé e a dúvida; o querer e o rejeitar; o amor e a indiferença; o desprendimento e o altruísmo; a coragem e o medo; a disposição e o comodismo...

A educação, o trabalho, a higiene, o equilíbrio, o respeito, a tolerância, a religiosidade, o civismo... em muito contribuem para um "bem viver".

O “conviver” exige mais atenção e cuidados, pois envolve outras pessoas que apresentam características diversas das nossas: desigualdades sociais, de ideias, de preferências, de crenças, de propósitos, de cultura... Requer certa habilidade em falar, ouvir, calar, apresentar-se, compreender, aceitar, negar, sugerir, propor, contradizer, convencer, desculpar-se e desculpar...

O convívio no lar é o mais natural, amistoso, e franco. Nem por isso, porém, deve ser descuidado, pois ali existem também as diferenças individuais, os melindres, as carências e as expectativas.

É graças à “convivência” que desenvolvemos as nossas faculdades intelectuais, sociais e morais e alicerçamos o nosso “bem viver” e a nossa educação.

A “sobrevivência”, ao contrário do que se pode pensar, não está afeta unicamente a casos emergenciais de vida ou morte. Estamos em risco de vida, ou de “bem viver”, às vinte e quatro horas do dia. Daí a necessidade da precaução constante com a segurança, os cuidados com a higiene física e mental, os atos e atitudes de risco tais como: descuidos e negligências, abusos, vícios e maus hábitos.

Luiz Gonzaga S. Ferreira - 22/08/2010

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