Há pessoas que julgam desnecessário orar e argumentam que Deus é onipotente e já conhece as nossas necessidades e os nossos sentimentos; que a prece, ou oração, não muda nada uma vez que tudo por que temos que passar já está determinado.
Aprendemos, todavia, que a fatalidade e o determinismo não existem, da forma que costumamos entender, pois o Criador nos concede a graça de podermos construir o nosso próprio destino de acordo com a Lei de Liberdade.
Acontecimentos imperiosos, como o nascimento e a morte do corpo físico, estão previstos de conformidade com as leis naturais e a escolha do gênero de provas e de experiências de vida pelo Espírito ao reencarnar. As menores incidências da vida, no entanto, decorrem da nossa própria e responsável maneira de viver, por dispormos do livrearbítrio.
A prece ou oração é um dos modos de entrarmos em comunicação com o Plano Superior, para: pedir por nós ou pelos outros; agradecer pelo que já recebemos ou estamos recebendo; louvar a Deus sentindo e reconhecendo a sua sabedoria, a sua justiça, a sua bondade e o seu poder. Podemos orar a Deus e aos Espíritos bondosos da nossa devoção.
Ao orar, numa prece sincera, verdadeira e agradável a Deus, estamos abrindo as comportas da alma, emitindo pensamento aliado ao sentimento e dirigindo-os com a nossa vontade; as radiações do nosso pensamento são propagadas pelo fluido universal, em ondas vibratórias, atingindo seres (encarnados ou não) e planos de energia, formando entre nós e eles uma corrente fluídica.
Os resultados da oração são sempre benéficos e variados: uma visão mais clara da questão que nos preocupa; a captação de pensamentos e energias reconfortantes; a atração de bons espíritos que nos ajudarão de todas as maneiras possíveis; os benefícios a outras pessoas, inclusive aos desencarnados; o efeito positivo e compensatório necessário para a harmonização fluídica local e universal.
Devemos orar com humildade, sinceridade, simplicidade, e de forma clara e concisa.
O atendimento dos nossos pedidos, através da prece, depende das condições aqui expostas, e dos seguintes fatores: a) que seja um pedido justo; b) que seja feito com fé e perseverança; c) que haja merecimento e que seja oportuno para o nosso próprio bem espiritual, sem prejudicar a outros; d) que não venha infringir as leis naturais.
- Texto organizado por Luiz Gonzaga S.Ferreira - 07/07/07
- Consulta: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (Allan Kardec)
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