quinta-feira, 17 de março de 2011

O AMOR AO PRÓXIMO E A CARIDADE - 53

Amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível que desejaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Amais-vos uns aos outros, como irmãos”.

O verdadeiro sentido da palavra “caridade”, como nos ensina Jesus, é a benevolência para com todos, a indulgência para com as imperfeições alheias, o perdão para as ofensas.

A caridade, portanto, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores, uma vez que todos nós necessitamos de indulgências, pois somos ainda imperfeitos.

A prática da caridade vem sempre acompanhada de boa vontade, de pensamentos nobres e de boas intenções; dispensa julgamentos precipitados e evita sempre a humilhação, mas procura a forma mais satisfatória de atendimento, de auxílio e de orientação.

O mérito da caridade não está no valor material daquilo se doa, mas no bem que o donativo possa trazer, de imediato ou não, ao semelhante. Assim, podemos acrescentar ao rol dos favores que objetivam a caridade: uma palavra de conforto, de incentivo, de aconselhamento, de afeto; um gesto de atenção, de simpatia, de consideração e apreço; uma cabível providência.

Há, portanto, inúmeras maneiras de expressar o sentimento de amor ao próximo com naturalidade, sem ostentação, procurando sempre elevar o inferior aos seus próprios olhos ao invés de humilhá-lo.

Jesus ensinou ainda: “Amai aos vossos inimigos”. Esse amor consiste em perdoá-los e pagar-lhes o mal com o bem.

Há que se distinguir a esmola propriamente dita da beneficência. O homem que se vê obrigado a esmolar degrada-se moralmente e até fisicamente.

Nem sempre o mais necessitado é o que pede; o medo da humilhação geralmente faz com que o pobre sofra sem se queixar.

Cabe à sociedade prover à vida do fraco sem humilhação para ele, assegurando a subsistência dos que não podem trabalhar.

Sabe-se que há homens levados à mendicância por sua própria culpa ou irresponsabilidade. Mas, a esses, uma boa educação e um efetivo controle social seria também uma caridade

  • Luiz Gonzaga S. Ferreirra
  • 1º de junho de 2009
  • Consulta: “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec)

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