O egoísmo, como sabemos, é responsável pela maior parte das misérias da vida dos homens, uma vez que cada um pensa em si antes de pensar nos outros.
Os dicionários o definem como sendo um amor próprio excessivo, um exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio, sem consideração pelos interesses alheios.
O egoísmo resulta do orgulho que é um sentimento de dignidade pessoal, de superioridade, de brio, como se costuma dizer.
Aprendemos que o orgulho e o egoísmo nascem do próprio instinto de conservação.
Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade. O que os fazem maus e perniciosos é o exagero. Daí a importância real da educação em seu amplo sentido. E, para isso, muito contribui a Doutrina Espírita.
É importante termos em conta que o homem não foi criado egoísta nem orgulhoso; ele é que se fez assim.
Acontece, porém, que tanto o egoísmo como o orgulho impedem que o homem seja feliz, pois constituem imperfeições que contrariam a prática do bem, do amor e da caridade.
“Para que os homens vivam na Terra como irmãos, não basta se lhes dêem lições de moral; importa destruir as causas de antagonismo, atacar a raiz do mal: o orgulho e o egoísmo.” (“Obras Póstumas”, Allan Kardec)
Jesus nos ensinou o princípio da caridade, da igualdade e da fraternidade como condição expressa para a salvação.
O Espiritismo vem, por sua vez, sancionar esse princípio revelando ao homem: quem ele é; como ele foi criado; de onde ele veio; para onde ele vai, e qual a trajetória da sua existência. Isso significa um golpe no seu orgulho e no seu egoísmo. Para isso é necessário que o homem tenha fé, não a fé cega, mas a fé raciocinada.
O conhecimento e o estudo da Doutrina Espírita fortalecem a nossa fé e estimulam a nossa reforma íntima, contribuindo de maneira progressiva para a melhoria da Humanidade.
Texto organizado por Luiz Gonzaga S. Ferreira
19/09/2010
Consulta: “Obras Póstumas” (Allan Kardec)
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