Dificilmente deixamos de pensar e de nos preocupar com o dia seguinte em nossa vida de rotina. Como será? O que vamos fazer? Quais serão os nossos problemas?
Com mais razão é natural que nos preocupemos com o dia seguinte ao da morte, que altera para a eternidade a nossa rotina. Viveremos ou não?
Diante dessa indagação ao nosso sentimento íntimo a maioria de nós responderia: “Viveremos”. Essa esperança constitui uma consolação.
O homem dispõe de cinco alternativas para buscar uma resposta a tal indagação, de acordo com as idéias filosóficas e religiosas.
Vejamos qual a mais lógica e racional:
1-Doutrina materialista - A inteligência humana é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O homem nada é antes, nem depois da vida corporal.
2-Doutrina panteísta - O princípio inteligente, ou alma, independe da matéria, é extraído, ao nascer, do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum, como as gotas de chuva ao oceano.
3-Doutrina deísta - Com a morte a alma volta a integrar o Todo Poderoso que criou o Universo e que rege todas as suas leis.
4-Doutrina dogmática - A alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte; desde esse momento tem irrevogavelmente determinada a sua sorte; nulos lhe são quaisquer progressos ulteriores; ela será, pois, por toda a eternidade, intelectual e moralmente, o que era durante a vida. Sendo os maus condenados a castigos perpétuos e irremissíveis no inferno; os bons são recompensados com a visão de Deus e a perene contemplação do céu.
5-Doutrina espírita - O princípio inteligente não depende da matéria. A alma individual preexiste e sobrevive ao corpo. O ponto de partida é o mesmo para todas as almas, sem exceção; todas são criadas simples e ignorantes e sujeitas a progresso indefinido. A vida espiritual é a vida normal; a vida corpórea é uma fase temporária da vida do Espírito. O Espírito progride no estado corporal e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito até que haja galgado certo grau de perfeição. Para tanto o Espírito conta com as reencarnações. O estado, mais ou menos, feliz do Espírito é inerente ao seu adiantamento moral; a punição que sofre é consequência do seu endurecimento no mal; mas as oportunidades de aperfeiçoamento nunca lhe faltam.
- Texto organizado por Luiz Gonzaga S. Ferreira - 12/09/2010
- Consulta: “Obras Póstumas” (Allan Kardec)
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