É comum considerar “reconhecimento” e “gratidão” como palavras sinônimas. Há, porém, uma sutil diferença entre uma coisa e outra.
O reconhecimento é a compreensão do fato, do acontecido, do que foi realizado; é um ato inteligente que nos aproxima da verdade.
Como ato de discernimento, o reconhecimento pode dar lugar ao bom ou mau juízo que façamos de alguma coisa ou de uma pessoa.
A gratidão é a assimilação da ideia do benefício recebido, ligada ao sentimento vivo de consideração e carinho por quem proporcionou tal benefício.
A manifestação sincera e desinteressada da gratidão, através de pensamentos, sentimentos, gestos, palavras e atitudes dignas, é um sinal de educação e de elevação moral.
Pelo reconhecimento guarda-se a lembrança do benefício recebido. Pela gratidão guarda-se a lembrança do benfeitor.
Há no mundo muitas pessoas reconhecidas, mas são poucas as que cultivam a gratidão.
Para o cultivo dos sentimentos, das atitudes, dos gestos nobres de gratidão, é preciso afastar de nós a indiferença, os preconceitos, o orgulho e o comodismo.
Vale considerar, ainda, que a manifestação de reconhecimento e de gratidão confere, ao merecedor da mesma, um estímulo a mais para a continuidade e o aprimoramento dos seus méritos.
A gratidão constitui, portanto, reciprocidade de conforto moral e bem estar aos que a praticam e aos que a merecem.
Luiz Gonzaga S. Ferreira – Araraquara 13/12/2009
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