VIDA APÓS A MORTE
Após a morte do corpo a alma retorna ao mundo espiritual. Volta a ser Espírito, conservando a sua individualidade.
Mantendo o seu perispírito (fluido que lhe é próprio e que retira da atmosfera do planeta em que habitara) conserva a aparência da sua última encarnação.
Deste mundo nada mais leva que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. “Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargor, segundo o emprego que tenha dado à vida. Quanto mais pura ela for, melhor compreenderá a futilidade daquilo que deixou na Terra” (“O Livro dos Espíritos”).
Os Espíritos nos dizem que a separação da alma e do corpo não é dolorosa: o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte... A alma se desprende gradualmente do corpo; o Espírito se desfaz pouco a pouco dos seus liames que se soltam e não se rompem.
Uma vez separado do corpo físico o Espírito passa por uma fase a que se chama de “perturbação espírita” (confusão mental) que varia em duração e em grau de intensidade conforme a sua maior ou menor elevação espiritual (desapego natural das coisas materiais e compreensão do verdadeiro sentido da vida).
Quase sempre o Espírito desencarnado é recebido por familiares e amigos, conforme a afeição que tenham mantido reciprocamente, os quais o ajudam a se adaptar ao plano espiritual.
A alma que não atingiu a “perfeição” (relativa) durante a vida corpórea acaba de depurar-se submetendo-se a “expiações” e “provas” em uma nova existência neste ou em outro mundo, através da reencarnação.
Todos nós temos muitas existências - as vidas sucessivas. Os Espíritos podem permanecer estacionários, por algum tempo, em seu progresso, mas nunca regridem.
Enquanto permanecem no Plano Espiritual, entre uma e outra encarnação, os Espíritos examinam e estudam o seu passado e procuram o meio de se elevarem. Observam o que se passa nos lugares que percorrem; ouvem as palestras e as orientações dos homens esclarecidos bem como os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles; isso lhes proporciona ideias que não possuiam.
Antes de reencarnar o Espírito consciente escolhe o gênero das provas que deseja para avançar na sua evolução. Daí a sua responsabilidade quanto ao desempenho das mesmas. Isso não significa, entretanto, que todos os detalhes e consequências de seus atos estejam traçados por um determinismo.
Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 18/02/09
Consultas: “O Livro dos Espíritos” - “Iniciação Espírita” (Allan Kardec) - “Evolução em Dois Mundos” (André Luiz/ Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)
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