A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um.
Esses direitos são determinados pela lei humana e pela lei natural.
O sentimento de justiça é natural e não resulta de ideias adquiridas, tanto assim que todos nós repudiamos qualquer ato de injustiça. Todavia, o progresso moral desenvolve esse sentimento.
Apesar de ser uma lei natural os homens entendem a justiça de maneiras diferentes; o que um considera justo o outro considera injusto. É que, em geral, se misturam paixões e interesses alterando esse sentimento.
A fim de promover o desenvolvimento do sentido de justiça entre nós, a sabedoria divina oferece-nos, de quando em quando, noções compatíveis com o nosso estágio de entendimento: os Dez Mandamentos, recebidos por Moisés; os Ensinamentos de Jesus; a Terceira Revelação.
Jesus nos ensinou o critério da verdadeira justiça: “Querer para os outros o que quereis para vós mesmos.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. A lei mosaica de “olho por olho, dente por dente” já fora revogada por Jesus: “amai-vos uns aos outros como irmãos”; “amai os vossos inimigos”...
Como compatibilizar a Justiça que sugere cobrança, com o Amor que sugere perdão e doação?
A caridade não se restringe à esmola, mas ela abrange todas as relações com nossos semelhantes, iguais, inferiores ou superiores a nós. Ela tem por princípio a indulgência que procura compreender, perdoar e proporcionar a recuperação dos que estão socialmente enfermos. Não só quanto aos criminosos, mas em todo relacionamento social, profissional e familiar, é preciso aprender a relevar os males que nos façam.
Com a aplicação do amor e da caridade à justiça teremos presídios transformados em hospitais da alma. Só assim os transgressores das leis serão “medicados” com recursos de instrução, educação, orientação psicológica, laborterapia e iniciação religiosa.
Luiz Gonzaga S. Ferreira – 05/04/09
Consultas: “O Livro dos Espíritos” (Allan Kardec) “A Constituição Divina” (Richard Simonetti)
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